Planos de saúde podem ter reajuste de até 20%
Empresas de planos dizem que os custos subiram muito; novo índice máximo será divulgado em maio
As operadoras de plano de saúde estudam o repasse de 17% a 20% nas mensalidades dos convênios individuais e familiares neste ano.
A CNS (Confederação Nacional de Saúde) trabalha com essa margem, que deverá ser apresentada à ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). O percentual, afirmam as representantes do setor, vale para cobrir os custos que as empresas acumularam nos últimos meses. Contam ainda os avanços nas tarifas de energia elétrica e na cotação do dólar.
O IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar) constatou alta de 17,1% nos gastos das operadoras com consultas, exames, terapias e internações. A variação referese a 12 meses encerrados em junho de 2015. “Novamente, o crescimento foi bastante superior à variação da inflação geral no país, medida pelo IPCA, que registrou elevação de 8,9% no mesmo período”, informa, por nota.
A variação de custos médicos é um dos principais fatores que compõem a base de cálculos para pedidos de reajuste de planos individuais à ANS.
Para o superintendenteexecutivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, o ritmo de crescimento do indicador liga um grande alerta para o setor de saúde suplementar. “O aumento continua em um ritmo quase duas vezes superior ao da inflação medida pelo IPCA.” Confira os índices máximos de reajuste autorizados nos últimos anos para planos individuais ou familiares contratados a partir de janeiro de 1999
Período Reajuste máximo autorizado (em %)