Não há sinais de ffrreeaaddaa em local de acidente, diz polícia
Falta de freio no ônibus é uma das hipóteses para o acidente que deixou 18 mortos
Bertioga A Polícia Civil de Bertioga (103 km de SP) investiga a possibilidade de que o ônibus que tombou na rodovia Mogi-Bertioga, na última quarta-feira, deixando 18 mortos e 17 feridos, não tenha conseguido frear antes de se chocar contra uma pedra. “Não há sinais de freadas bruscas no asfalto”, afirmou ontem o delegado responsável pela investigação, Mauricio Barbosa.
O acidente aconteceu na altura do km 84, no trecho final de serra, às 23h de quarta-feira. No ônibus havia 35 universitários. Ele fazia parte de 13 linhas fretadas pela Prefeitura de São Sebastião (191 km de SP) para levar estudantes a faculdades de Mogi das Cruzes (Grande SP).
Sobreviventes afirmam que, em determinado momento, o ônibus ficou sem controle, e o motorista Antônio Carlos da Silva, 37 anos, fez várias curvas abertas, ul- trapassou três ônibus e um carro, e estava em velocidade acima da permitida. Em uma das curvas, o ônibus invadiu a pista contrária, bateu em uma rocha e tombou.
Odelegado Barbosa afirmou que no local do acidente só há marcas de ferro na pista, provocadas pelo atrito da carroceria do ônibus. O policial disse que vai esperar a perícia, cujo resultado sai em 30 dias. O fato de a parte inferior do ônibus, onde ficam o freio e motor, não ter sido tão afetada pode ajudar.
Ontem, a delas a estudante de psicologia Aline Jesus dos Santos, 20 anos, que estava no ônibus, prestou depoimento. “Lembro que ele estava correndo e de acordar com os amigos gritando e pedindo pra colocar o cinto.”
Já Lusiene Batista, 19 anos, disse não ter visto nenhuma ultrapassagem. “Ele estava na velocidade normal. Em uma descida, do nada, começou a correr mais e perdeu o controle. Acho que foi o freio que falhou.”
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