O chorinho resiste em São Paulo e reúne jovens e veteranos; saiba onde ouvir em bares, clubes e teatros
“O choro agoniza, mas não morre”, afirma o músico Izaías de Almeida. O bandolinista, que toca há mais de 60 anos, lidera o grupo Izaías e Seus Chorões, o mais antigo em atividade na cidade. Ele e outros artistas podem ser encontrados em rodas de choro e apresentações em São Paulo, que vêm atraindo mais adeptos ao gênero.
O grupo Canarinho Chorão, formado há quatro anos, faz a roda de choro do Bar do Bacalhau. “Não existe mais isso de que choro é só para os mais velhos. Tem muito jovem ouvindo e se interessando pela música”, conta Marina Siqueira, pandeirista do grupo. “Tem lugares para todos os gostos. No Bar do Bacalhau é mais barulhento, mas há rodas, como a do Clube do Choro, que é para sentar e ouvir”, diz Marina. O grupo toca repertório autoral e destaca composições Pixinguinha (1897-1973) e Altamiro Carrilho (1924-2012).
O gênero vem ganhando força na cidade, segundo Yves Finzeto, músico do grupo Dois por Quatro e um dos coordenadores do Clube do Choro, na Mooca (zona leste). “O clube já existiu nos anos 1970 e se dissolveu, mas conseguimos resgatá-lo no ano passado. Para você ter uma ideia, há clubes em São Luiz do Maranhão, Paris, Tóquio e até em Jerusalém, mas não tinha em São Paulo”, diz Finzetto. “O clube não abriu porque o gênero ganhou força, mas a força do gênero nos ajudou a reativálo”, afirma. Aos sábados, o Teatro Municipal da Mooca dá espaço à roda de choro, aberta a quem quiser tocar e ouvir e, ainda, tem cursos e shows. Aos Chorinho na Praça. Aos sábados, das 14h30 às 18h Grátis. Livre Na r. Lopes Chaves, 105, Barra Funda, tel. Feijoada (quem não consome paga couvert artístico de Livre Aos Na r. Passo da Pátria, 1.673, Vila Leopoldina, tel. Feijoada com chorinho ( Livre Rodas de choro todos os das