Ela ganhou ouro no Rio em 2007
Para virar a principal esperança de medalha do handebol no Brasil, Duda precisou aprender a viver lá fora. Uma trajetória que ultrapassou as quadras e a fez casar com o macedônio Dean Taleski.
Mas tudo aconteceu naturalmente. Duda começou a jogar handebol aos 11 anos, como uma atividade extracurricular no colégio. Quatro anos depois, já recebia convite para deixar Blumenau e jogar profissionalmente no ABC paulista.
Encarava uma maratona para disputar todas as categorias que podia. Passou a colecionar títulos também na base da seleção brasileira e, aos 19 anos, foi se encontrar no leste europeu.
Acabou contratada pelo mesmo time da irmã, Ana, e desembarcou na Macedônia. Sentiu saudades até do jeito de viver no Brasil. Sofria com a alimentação mais apimentada e com um estilo de jogo mais dinâmico.
Mas Duda encontrou uma estrutura inimaginável no Brasil, onde as equipes de handebol precisam até fazer rifa para viajar. Na Eu-
A cidade olímpica já foi palco de celebração para Duda. Aos 20 anos e, mesmo sendo reserva a maior parte do tempo, fez gols e participou da conquista do Pan de 2007.
Foi seu primeiro título pela seleção. Para conquistar outro ainda mais importante, a armadora está em alto nível. Ela tem feito mais do que infiltrar na defesa adversária para arremessar ou tocar e acaba de ser eleita a melhor defensora da última temporada europeia.
Em 2016, Duda completa dez anos na se- leção. Determinada a superar a frustração do Mundial de 2015, quando o time caiu na segunda fase. “Estar ao lado da torcida nos dará um gás ainda maior. Sabemos nosso potencial e temos uma chance próxima de medalha”, avisou a brasileira, que tem a Noruega, atual campeã mundial, a Dinamarca, a Romênia, a Polônia e a Holanda como principais rivais.