Olimpíada na reta final
Agora que a confusão com a Vila dos Atletas parece estar resolvida, é hora da contagem regressiva para o início da Olimpíada do Rio. Apesar das falhas e dos improvisos, a cidade parece estar à altura do tamanho e da importância do evento.
A seis dias da inauguração, todas as arenas já foram entregues, e algumas já são usadas para treinamento. O problema é que a maioria não passou ainda por testes com grande público, o que pode levar a surpresas desagradáveis, parecidas com a dos alojamentos.
Em tempos de ataques terroristas em vá- rios países, uma das maiores preocupações é com a segurança. Não à toa, foram destacados 50 mil homens, entre policiais e militares, para garantir a tranquilidade dos Jogos.
O Rio, além disso, já está acostumado a lidar com grandes eventos. O Pan-2007 e a conferência Rio+20 transcorreram sem maiores problemas.
O deslocamento do público é outro ponto sensível. A cidade avançou bastante nesse assunto, mas uma linha de metrô importante para quem quiser ver as competições será inaugurada poucos dias antes da aber- tura. Pode dar chabu.
Há também o risco de ocorrerem protestos durante os Jogos. Mas o clima de festa e um bom desempenho do Brasil nas competições provavelmente evitarão esse tipo de surpresa.
O ponto mais negativo fica por conta da despoluição da baía da Guanabara, onde se darão as provas de vela. O governo do Rio não cumpriu a promessa e as águas continuam imundas.
Entre acertos e tropeços, chegou a hora do Rio mostrar que pode repetir com a Olimpíada o sucesso de organização da Copa de 2014.