Contrato de iluminação acaba e Guarulhos fica às esccurras
Serviço terminou em março, mas até agora a prefeitura não conseguiu contratar uma nova empresa
A Prefeitura de Guarulhos (Grande SP), sob a gestão de Sebastião Almeida (PT), não renovou o contrato de iluminação pública com a EDP Bandeirantes e deixou vários pontos da cidade no escuro.
O contrato foi encerrado no dia 1º de maio. Uma nova licitação foi feita, mas está parada na Justiça.
A empresa Remo Construtora, de Minas Gerais, ganhou o processo em maio, porém, nem chegou assinar o contrato de R$ 18,7 milhões porque a segunda colocada na concorrência entrou na Justiça acusando a ganhadora de ter alterado um item da proposta.
Para tentar minimizar a situação, a própria prefeitura, por meio do Departamento de Iluminação, está fazendo os reparos necessários com cinco equipes nas ruas.
Enquanto isso, os moradores reclamam da falta de iluminação nas ruas, o que leva à sensação de insegurança.
Dados da Secretaria da Segurança Pública da gestão Geraldo Alckmin (PSDB) mostram que, de março a junho deste ano (quando a prefeitura assumiu a iluminação), houve aumento de 23,1% no furto de veículos e de 17,1% no furto em geral (veja quadro ao lado).
Lâmpadas
As principais avenidas da cidade têm luz, mas algumas ruas paralelas sofrem com duas, três e até todas as lâmpadas apagadas. Bairros como Cumbica, Vila Augusta, Vila Galvão, Cocaia e Cabuçu são alguns dos que apresentam problemas.
Os moradores da rua Ireneu Iervolino, na Vila Augusta, por exemplo, dizem conviver há seis meses com quatro lâmpadas apagadas. A única que sobrou não funciona direito: liga e desliga constantemente.
Com isso, a rua é iluminada, principalmente, pelas luzes de dentro das salas de aula de uma escola estadual.
“Minha neta foi assaltada há dois meses na porta da minha casa e não temos mais segurança”, afirmou a aposentada Célia Gonçalves, 73 anos.
Quem passa por uma viela na rua Shirley Neves Gomes, no Cabuçu, precisa ligar a lanterna do celular para enxergar. “Chego em casa tarde e tenho muito medo. Mesmo desviando da viela há risco de alguém se esconder no local e atacar”, disse a estudante Paula Katerine Souza, 26 anos.