Verdão na cabeça
Após Olimpíada, Jesus volta ao Palmeiras e, já vendido ao City, promete que não vai fugir das divididas
O atacante Gabriel Jesus, enfim, está de volta ao Verdão. Após defender a seleção brasileira olímpica e conquistar o ouro na Rio-16, o camisa 33 alviverde vai poder encarar o Fluminense, domingo, pelo Campeonato Brasileiro, em Brasília.
Vendido para o Manchester City, clube ao qual vai se apresentar em janeiro, o atacante assegura que só tem cabeça para o Verdão e que não vai se poupar em nenhuma dividida.
“Independentemente de qualquer situação, eu me dedicarei ao máximo. No treino, eu já estava dividindo forte, comigo não tem essa”, deixou claro o palmeirense.
“Se tiver de dar carrinho, eu darei. A minha cabeça está no Palmeiras, amo este clube, que abriu as portas para mim. Podem ficar tranquilos porque o meu comprometimento sempre será o mesmo. Jogarei com amor ao clube”, seguiu.
Mesmo ausente há seis partidas, o jogador ainda conseguiu se manter na artilharia do Nacional, com dez gols anotados até aqui, um a mais do que Sassá, do Botafogo, Diego Souza, do Sport, e Robinho, do Atlético-MG.
“Eu saí [para servir à sele- ção brasileira] pensando nisso [artilharia]. Acompanhei de lá, via quem tinha feito os gols, pensei até que o Robinho tinha me alcançado. Isso acontece, fico feliz de voltar artilheiro. Mas, mais que isso, continuar líder”, disse.
Outra cara
Ao todo, o Palmeiras ficou sete partidas sem poder contar com o seu atacante neste Brasileirão —ele também cumpriu suspensão em uma partida contra o Santos.
Sem o seu artilheiro, a equipe alviverde soma duas vitórias, três empates e duas derrotas, aproveitamento de 42% dos pontos disputados.
Já com Jesus, esse número aumenta para 73%. Em 14 confrontos, o time somou dez vitórias, um empate e apenas três derrotas.
O atacante, mesmo com a diferença nos números, tratou de valorizar o grupo e rechaçou ser a estrela do time.
“O elenco é muito forte, todos sabem disso, não é à toa que continua em primeiro. Lógico que se trata do Brasileiro, que tem grandes clubes e é um campeonato muito acirrado”, analisou.
“A equipe mostrou que é forte, não voltarei como principal jogador, muito pelo contrário. Eu volto da mesma forma como saí, dividindo a responsabilidade com os meus companheiros. Sempre quando o coletivo sair bem, o individual aparecerá”, finalizou.