FFallhass grravess no metrô mais que dobram em cinco anos
Número de falhas graves subiu 153% de 2010 a 2015. Este ano são 44 casos, um a cada quatro dias
O número de falhas graves no metrô de São Paulo mais que dobrou em cinco anos, e a tendência de alta continua este ano, de acordo com dados obtidos pela reportagem por meio da Lei de Acesso à Informação.
Em 2010, houve 30 ocorrências notáveis —termo técnico para panes que resultam em paralisação das linhas, ainda que parcial. Em 2015, 76, aumento de 153%. No primeiro semestre deste ano, já foram 44, quase uma a cada quatro dias.
Os números obtidos se referem às quatro linhas operadas pelo próprio Metrô (1azul, 2-verde, 3-vermelha e 5-lilás), a cargo do governo Geraldo Alckmin (PSDB).
Essas falhas graves podem ocorrer tanto nos trens como em equipamentos da rede.
Na prática, afetam a vida não só de quem fica preso nos vagões por pelo menos cinco minutos —tempo para caracterizar uma ocorrência notável— como dos demais usuários, já que há um efeito cascata nas linhas do metrô.
Uma falha aumenta intervalos de viagem, lotação dos trens e filas de embarque. Em algumas dessas panes, os trens precisam ser retirados para manutenção.
A quantidade de falhas registradas nos trens passou de 22 para 42 nos últimos cinco anos, alta de 91%.
O Tribunal de Contas do Estado concluiu, com base em dados do Metrô, que cerca de 92 mil viagens de trens deixaram de ser feitas em 2015 por falhas ou questão de manutenção.
Nos últimos cinco anos, a frota passou de 150 para 154 trens, e o volume de quilômetros percorridos pelos trens subiu de 18,2 milhões para 18,9 milhões. A malha ferroviária cresceu menos de 4 km e o número de passageiros subiu 45%.