Número de mortos chega a 250 na Itália
Dezenas de pessoas estão desaparecidas e devem estar sob os escombros; cidades continuam resgates
Subiu para 250 o número de mortos após o forte terremoto que atingiu a região central da Itália na madrugada de quarta-feira, segundo balanço da Defesa Civil italiana ontem.
Outras 365 pessoas ficaram feridas na região. Equipes de socorristas mantêm ininterruptas as buscas nesta quinta, conscientes de que correm contra o tempo para encontrar e resgatar com vida pessoas presas sob os escombros.
“É possível que o número de vítimas cresça”, advertiu o chefe de governo italiano, Mateo Renzi, que percorreu a zona afetada e prometeu ajuda para as famílias afetadas. Segundo fontes da imprensa, dezenas de pessoas continuam desaparecidas e, provavelmente, estão sepultadas vivas.
Resgate
A estrutura montada pela Itália para amenizar os estragos do terremoto se espalha pela região central do país, entre cidades já praticamente vazias.
Em Amatrice, não se ouvem os sons da cidade, que se preparava para um festival gastronômico no fim de semana —o local dá nome ao molho matriciana, com tomate, bacon e pecorino.
O resgate e o apoio a sobreviventes envolvem italianos de todo o país. As placas dos veículos registram nomes de diversas regiões.
Segundo informações do governo italiano, aproximadamente 5.000 pessoas foram mobilizadas para as operações após o terremoto.
Ao menos 470 réplicas já foram registradas desde o terremoto.
O cenário de Amatrice é semelhante, a 30 minutos dali, em Pescara del Tronto, onde se realizou um dos resgates mais emblemáticos. Uma menina foi retirada viva dos escombros após 17 horas.
Em Amatrice, o núcleo histórico ruiu quase por completo. Uma igreja do século 15 estava danificada. A torre do relógio, do século 13, estava de pé, e o relógio marca 3h39, horário do tremor.
Dario Franceschini, ministro da Cultura, disse que 293 locais de importância cultural foram seriamente danificados ou desmoronaram.