Atualizar o cadastro no INSS garante a aposentadoria
Trabalhador deve organizar o cadastro de contribuições antes de pedir sua aposentadoria ao INSS
O segurado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que já está planejando a aposentadoria deve antecipar possíveis falhas na concessão do seu benefício. O caminho mais seguro para evitar dor de cabeça é manter o Cnis (Cadastro Nacional de Informações Sociais) atualizado e em dia.
Quem fornece os dados do Cnis é o empregador, mas quem tem que corrigir os erros é o segurado. Ao identificar falhas, o segurado deve correr atrás de documentos complementares o quanto antes e se preparar para enfrentar uma sequência de esperas —para ser atendido na agência e para receber a resposta do seu pedido.
As falhas no Cnis vão desde a ausência de alguma contribuição paga até a declaração de valores errados pelo antigo empregador. Para essas correções, o segurado deve reunir todas as provas que tiver, como extrato do FGTS, folha de salários e holerites.
Para o INSS, o ideal é que atualizações como o tempo de contribuição ou o valor dos salários sejam feitas durante o processo de solicitação da aposentadoria. Essa medida, entretanto, requer que o segurado já conheça as falhas e tenha em mãos a documentação para comprovar o trabalho e as remunerações. Quando o segurado faz o pedido da aposentadoria, porém, ele não é informado da situação do cadastro, e a surpresa vem depois.
Atualmente, a sobrecarga no atendimento chegou também à revisão. Como o pedido só pode ser feito onde o segurado teve o benefício concedido, a espera pode passar de seis meses.
Consulta feita ontem pela reportagem identificou que as agências Centro e Mooca, na capital, e em Barueri, na Grande SP, não têm vaga para pedidos de revisão. Nesta semana, quem precisou cobrar do INSS a correção do cálculo da média salarial na APS Cidade Dutra (zona sul) só conseguiu marcar atendimento para o fim de março do ano que vem. Ontem, já não havia mais agenda.