Agora

Rio de lágrimas

- (Fabiana Schiavon)

possível se afastando um pouco daquele lugar e daquelas pessoas. Mas ela não perderá o amor da família por isso”, explica a atriz Lucy Alves.

Já o coronel Afrânio (Antonio Fagundes), que passou os últimos capítulos em conflito e cheio de arrependim­entos com a morte do filho Martim (Lee Taylor), terá uma virada. Com o desejo de ser um homem melhor, ele corre atrás de Iolanda (Cristiane Torloni) e denuncia os políticos corruptos da cidade, história que culminará na morte do vilão Carlos Eduardo (Marcelo Serrado).

O rio São Francisco, que ba- tizou a trama e sempre teve papel importante na história, é lembrado pelos atores, que defendem a importânci­a de a novela dar destaque a ele e representa­r a realidade do país, lembrando que coronéis como Afrânio ainda existem. “Vi na minha infância e, infelizmen­te, continuo vendo até hoje. Daí a atualidade da trama”, diz Zezita Matos, que interpreta Piedade. “O que mais gostei dessa personagem é que pessoas de todas as classes sociais tiveram ou têm uma mãe ou uma avó parecida com ela. A inspiração vem da minha convivênci­a com as mu- lheres do meu país, em particular as paraibanas, que lutam por uma vida digna numa sociedade contraditó­ria.”

Apesar de ter sido muito elogiada por suas cenas repletas de belezas naturais, a trama não foi sucesso de audiência. Até a semana passada, a média de audiência de “Velho Chico” foi de 28,3 pontos (cada ponto equivale a 69 mil domicílios na Grande São Paulo). As antecessor­as também não conquistar­am o público do horário: “A Regra do Jogo” teve média de 26,9 e “Babilônia”, de 25 pontos no mesmo período.

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