Rio de lágrimas
possível se afastando um pouco daquele lugar e daquelas pessoas. Mas ela não perderá o amor da família por isso”, explica a atriz Lucy Alves.
Já o coronel Afrânio (Antonio Fagundes), que passou os últimos capítulos em conflito e cheio de arrependimentos com a morte do filho Martim (Lee Taylor), terá uma virada. Com o desejo de ser um homem melhor, ele corre atrás de Iolanda (Cristiane Torloni) e denuncia os políticos corruptos da cidade, história que culminará na morte do vilão Carlos Eduardo (Marcelo Serrado).
O rio São Francisco, que ba- tizou a trama e sempre teve papel importante na história, é lembrado pelos atores, que defendem a importância de a novela dar destaque a ele e representar a realidade do país, lembrando que coronéis como Afrânio ainda existem. “Vi na minha infância e, infelizmente, continuo vendo até hoje. Daí a atualidade da trama”, diz Zezita Matos, que interpreta Piedade. “O que mais gostei dessa personagem é que pessoas de todas as classes sociais tiveram ou têm uma mãe ou uma avó parecida com ela. A inspiração vem da minha convivência com as mu- lheres do meu país, em particular as paraibanas, que lutam por uma vida digna numa sociedade contraditória.”
Apesar de ter sido muito elogiada por suas cenas repletas de belezas naturais, a trama não foi sucesso de audiência. Até a semana passada, a média de audiência de “Velho Chico” foi de 28,3 pontos (cada ponto equivale a 69 mil domicílios na Grande São Paulo). As antecessoras também não conquistaram o público do horário: “A Regra do Jogo” teve média de 26,9 e “Babilônia”, de 25 pontos no mesmo período.