Adolescentes são vítimas de estupro coletivo e sequestro
Após 3 dias de abuso, amigas de 14 e 15 anos foram presas por bandidos para que retirassem queixa
Paulínia Duas adolescentes, de 14 e 15 anos, foram sequestradas, mantidas em cárcere privado e sofreram estupro coletivo em um intervalo de 15 dias em Paulínia (117 km de SP). Elas foram à polícia para contar do abuso, mas foram ameaçadas porque os criminosos queriam que as famílias retirassem a queixa.
De acordo com o delegado Marco Antônio Evangelista, no dia 12 deste mês, as adolescentes saíram da escola, e o ex-namorado de uma delas chamou as duas amigas para conversar em uma casa.
Chegando à residência, outros cinco homens estavam no local. Eles deram bebida alcoólica e drogas para as duas quando cometeram o estupro. Elas contaram que desmaiaram e, quando acordaram os criminosos, não as deixaram sair.
Segundo a polícia, elas ficaram no local trancadas por três dias e, durante todo esse período, foram estupradas diversas vezes pelos homens, que se revezaram. As vítimas conseguiram fugir e procuraram a polícia.
No último dia 27, outro homem chegou à saída da escola e obrigou as duas a entrar em um veículo, segundo a polícia. Elas foram levadas para outra casa e somente recebiam água.
Sequestro
Os criminosos ameaçavam as meninas de morte e as obrigaram a mandar mensagem aos familiares pedindo a retirada da queixa. Elas ficaram no local por dois dias.
Segundo o delegado, como já estavam apurando o caso, os parentes avisaram sobre o desaparecimento e conse- guiram achar a casa. Porém, quando chegaram, as meninas já tinham sido jogadas em uma praça.
Na casa, o dono da residência foi preso —é acusado de vigiar as meninas. Outros três homens foram detidos por tráfico de drogas.
Segundo o delegado, nenhum dos presos participou do estupro. O delegado diz que dez homens estão envolvidos nos dois episódios, e os estupradores não foram detidos.