Dííviida de barrr vira pedra no sapato para Russomanno
Candidato era sócio de comércio em Brasília que responde a 33 processos, que chegam a R$ 5 mi
O fechamento de um bar de Celso Russomanno (PRB) virou ameaça à candidatura dele na reta final do primeiro turno das eleições para a Prefeitura de São Paulo.
Nas eleições de 2012, a proposta de cobrar o Bilhete Único proporcional à distância percorrida naufragou a campanha de Russomanno, que ficou fora do segundo turno. Neste ano, ele fugiu das propostas polêmicas.
Agora, a pedra no sapato é o caso do Bar do Alemão, em Brasília. O comércio, do qual Russomanno é um dos sócios, foi fechado há quase dois meses após uma ordem de despejo e dívida milionária. A campanha do deputado federal tenta impedir que ele fique com a imagem de mau administrador.
O Bar do Alemão responde a pelo menos 33 processos no Distrito Federal. Quinze deste total são de problemas trabalhistas. Garçons, barman, chefs de cozinha, cozinheiros, copeiros decidiram acionar a Justiça em busca de direitos não atendidos, segundo suas versões.
A maior parte dos testemunhos diz que os donos faziam pagamentos por fora, para não serem tributados, além de deixarem de repassar gorjetas e de depositar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Há ainda protesto pelas rescisões, que até agora não foram acertadas, segundo documentos.
Somadas, as reclamações de ex-funcionários, fornecedores e prestadores de serviços, além do locatário do terreno, ultrapassam o valor de R$ 5 milhões, segundo levantamento da reportagem.
Acordo
A reportagem teve acesso a 15 ações trabalhistas. Em nenhuma delas aparece algum acordo feito ou solução para a situação. Ao contrário, os advogados do bar contestaram boa parte delas, dizendo não terem débitos a acertarem e pedindo à Justiça para julgar improcedente todos os casos.
O capital social da empresa, que até 2013 era de R$ 4 milhões, agora é de R$ 7 milhões. Há ainda cobranças tributárias que não estão na conta acima, pois estão em segredo de Justiça.