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Curso de passarela leva jovens a sonhar com um futuro melhor

- (AG)

Eles nunca participar­am de nenhuma semana de moda famosa, mas, para os jovens que fazem parte do PIM (Periferia Inventando Moda), curso de passarela de Paraisópol­is (zona sul), a grande oportunida­de de mostrar seu trabalho é desfilar na favela. O que mais desejam é sobreviver da moda.

A modelo Denize Sena, 22 anos, veio da Bahia há sete anos e nunca imaginou pisar em uma passarela até que um amigo a levou para conhecer o projeto.

“Não sabia nem colocar um salto e já cheguei e fui desfilar.O projeto mudou minha vida. Hoje eu consigo me aceitar porque não gostava do meu corpo e cabelo”, contou a modelo.

Atualmente, faz trabalhos para catálogos e desfiles, mas ainda não consegue sobreviver da moda. “Eu sonho em ajudar minha família só com o dinheiro da moda”, contou a modelo, que é um dos destaques do PIM.

Outro rosto conhecido entre as modelos da comuni- dade é o da cabeleirei­ra Sabrina Couto, 25 anos. Ela veio de Minas Gerais justamente para poder seguir a carreira de modelos. Porém, teve duas gestações nesse intervalo, o que a levou a ter de esperar um pouco.

“Eu tive que adiar o sonho e, na verdade, achei que não iria mais conseguir, até que meu amigo me trouxe ao projeto. Hoje em dia, eu me divido entre cuidar do meus filhos de 4 e 6 anos sozinha, fazer meus bicos de cabeleirei­ra e ser modelo.”

 ?? Ernesto Rodrigues/Folhapress ?? A modelo Denize Sena, 22 anos, faz parte do PIM (Periferia Inventando Moda), curso de passarela de Paraisópol­is; ela afirma que o projeto mudou sua vida
Ernesto Rodrigues/Folhapress A modelo Denize Sena, 22 anos, faz parte do PIM (Periferia Inventando Moda), curso de passarela de Paraisópol­is; ela afirma que o projeto mudou sua vida

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