Para economizar, famílias negociam no Dia CCrriiaannççaa
Gasto médio com a compra de presentes deve variar de R$ 60 a R$ 100; confira as apostas das empresas
No comércio, as expectativas com o Dia da Criança são pequenas. Para os comerciantes ouvidos pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de São Paulo, as vendas devem subir 5%, no máximo, e o gasto médio deve ser de R$ 60 a R$ 100. Nas famílias, porém, a data é sempre lembrada, mesmo em tempos de economia e dinheiro apertado, afirma o presidente da federação, Mauricio Stainoff.
Os preços dos brinquedos mais procurados também não ajudam muito e, entre as principais apostas das marcas e lojas, a conta passa facilmente de R$ 100.
Bonecos de personagens, como os Vingadores ou Max Steel, ou linhas populares entre as crianças, como as bonecas Monster High, quase batem a casa dos R$ 200.
Na casa da psicóloga Nivia Masutti, 40 anos, o presente de Dia da Criança é também uma oportunidade da filha Luiza, de 7 anos, começar a entender como lidar com o dinheiro e conhecer o significado dos preços. “Neste ano, ela pediu um brinquedo que custa R$ 200, é muito caro. Então, ela precisa entender que as coisas não caem do céu”, diz.
A solução encontrada com o marido Adriano Masutti foi vender alguns vestidos da menina. A mãe conta que, inicialmente, Luiza não estava muito convencida em abrir mão das peças, que tinham sido feitas pela avó para as festas juninas dos últimos anos. “É também uma preocupação com a formação dela. Ela abriu mão de coisas que gostava e doou brinquedos que ela escolheu.” A venda dos vestidos arrecadou parte do valor necessário para comprar o presente. “Eu e meu marido vamos dizer a ela que, como ela topou se desfazer dos vestidos, nós completamos o valor”, diz Nivia.