Investigador é preso sob suspeita de chefiar
Policial e sua mulher são apontados como chefes de bando que teria feito ações em parceria com o PCC
Um investigador do Denarc (Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico) e sua mulher foram presos, na noite de anteontem, no Campo Belo (zona sul), sob suspeita de chefiarem uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas.
Investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Campinas (93 km de São Paulo), apontam que a organização atuava principalmente em Campinas e na Cracolândia, na Luz (região central da capital).
De acordo com o Ministério Público, o policial Bruno Luís Soares Figueiredo foi descoberto após uma investigação sobre lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital).
O Gaeco descobriu que a organização fazia algumas ações em conjunto com a facção, mas também agia sozinha.
Os promotores desconfiam que a facção tenha permitido essa “parceria” porque o policial poderia ajudar com o vazamento de informações das operações. “O que observarmos é que as duas têm atividades próprias, mas uma pode subsidiar a outra”, disse o promotor Jandir Neto.
Uma ação que o MP acredita ter sido feita em conjunto com o PCC foi a apreensão de um caminhão de maconha e prisão de três soldados do Exército em Campinas, no dia 28 de agosto. O Ministério Público também vai investigar se o policial desviava drogas apreendidas.
Ainda na ação que busca desmantelar o crime organizado, outros nove mandados de prisão foram cumpridos em Campinas e em outras cidades da região. Dois suspeitos foram mortos em Paulínia (117 km de São Paulo) em troca de tiros com PMs. A Corregedoria da Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão dentro do Denarc, para localizar documentos.