Alta do álcool impede redução da gasolina
A Petrobras anunciou queda do litro da gasolina, mas valor menor não deverá chegar às bombas
O consumidor de São Paulo não irá encontrar gasolina mais em conta no Estado, conforme anúncio da Petrobas na semana passada.
A estatal reduziu em 3,2% o preço do litro do combustível e estimava uma queda de R$ 0,05 nas bombas. Para o Sincopetro (sindicato dos donos de postos de combustível), porém, a redução seria menor, de R$ 0,03, mas nem isso chegou ao cliente final.
Um dos motivos para os preços da gasolina seguirem sem redução é a alta do preço do álcool anidro, que representa 27% da gasolina.
Com a entressafra da canade-açúcar e um valor maior do açúcar no mercado internacional, os preços do álcool estão altos no país e tendem a seguir assim. Segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da USP (Universidade de São Paulo), o litro do álcool anidro, que custava R$ 1,9690 nas usinas na semana de 3 a 7 de outubro, subiu para R$ 2,0292, de 7 a 14 de outubro. “O preço nas usinas não tem nenhum controle”, diz José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro.
Litro mais caro
Segundo Gouveia, além da alta no álcool, duas distribuidoras subiram os preços do litro da gasolina nesta semana e uma delas manteve a média cobrada na semana passada, em vez de reduzir. “Os postos vão manter os preços”, afirma ele.