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Alta do álcool impede redução da gasolina

A Petrobras anunciou queda do litro da gasolina, mas valor menor não deverá chegar às bombas

- (Cristiane Gercina)

O consumidor de São Paulo não irá encontrar gasolina mais em conta no Estado, conforme anúncio da Petrobas na semana passada.

A estatal reduziu em 3,2% o preço do litro do combustíve­l e estimava uma queda de R$ 0,05 nas bombas. Para o Sincopetro (sindicato dos donos de postos de combustíve­l), porém, a redução seria menor, de R$ 0,03, mas nem isso chegou ao cliente final.

Um dos motivos para os preços da gasolina seguirem sem redução é a alta do preço do álcool anidro, que representa 27% da gasolina.

Com a entressafr­a da canade-açúcar e um valor maior do açúcar no mercado internacio­nal, os preços do álcool estão altos no país e tendem a seguir assim. Segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da USP (Universida­de de São Paulo), o litro do álcool anidro, que custava R$ 1,9690 nas usinas na semana de 3 a 7 de outubro, subiu para R$ 2,0292, de 7 a 14 de outubro. “O preço nas usinas não tem nenhum controle”, diz José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro.

Litro mais caro

Segundo Gouveia, além da alta no álcool, duas distribuid­oras subiram os preços do litro da gasolina nesta semana e uma delas manteve a média cobrada na semana passada, em vez de reduzir. “Os postos vão manter os preços”, afirma ele.

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