Agora

Moradores ficam até 28 hh sem luz depois de temporal

Na Água Branca, energia caiu às 17h de quinta e até as 21h de ontem ainda não havia voltado

- (Lucilene Oliveira)

Moradores de bairros da zona oeste ficaram até 28 horas sem energia elétrica após o temporal que atingiu a cidade na 5ª feira à tarde. Na Água Branca, o fornecimen­to caiu às 17h de anteontem e até as 21h de ontem não havia voltado. Já no Sumarezinh­o, que ficou sem luz no mesmo horário, voltou a ter luz às 19h de ontem.

Comerciant­es da Água Branca disseram ter perdido as contas da quantidade de prazos que receberam da Eletropaul­o para a solução do problema. “Cada vez que eu ligo o horário aumenta. Já foram mais de cinco prazos para resolver e a gente continua esperando”, disse o comerciant­e Walder Antônio Nonato, 53 anos, à tarde. Ele calculou prejuízo de R$ 5.000, entre mercadoria­s perdidas e redução do número de clientes.

Às 15h, a expectativ­a era que a energia fosse restaurada às 18h. Prazo mais uma vez não cumprido pela Eletropaul­o. “Eu pago R$ 2.300 de conta de energia todos os meses e não recebo nem um atendiment­o honesto por telefone”, reclamou.

Responsáve­l por um restaurant­e na mesma rua, a nutricioni­sta Silmara Sueli de Jesus, 53 anos, calculou ter perdido R$ 1.700 com o baixo movimento de clientes. “Nós abrimos mesmo sem energia, mas foram poucas as pessoas que apareceram para almoçar, até porque não tínhamos como passar cartões”, disse. Um outro comércio fechou as portas.

Os moradores dos prédios tiveram que encontrar alternativ­as. “Não posso subir escadas, fui dormir na casa da minha filha na Casa Verde (zona norte)”, disse a dona de casa Neusa Isoda D’ Allevo, 78 anos. Ontem, ela foi buscar os remédios que precisava. O filho, que estava no apartament­o, no 12º andar, mandou os medicament­os por uma cordinha, amarrados a uma maçã. Segundo o zelador do prédio, Natalicio Mascarenha­s, 49 anos, vários moradores idosos e deficiente­s físicos estavam isolados em seus apartament­os.

 ?? Robson Ventura/Folhapress ?? O comerciant­e Walder Antônio Nonato, 53 anos, no restaurant­e e bar dele, na Água Branca (zona oeste); ele calcula que teve prejuízo de R$ 5.000 com a mercadoria perdida e a redução do número de clientes
Robson Ventura/Folhapress O comerciant­e Walder Antônio Nonato, 53 anos, no restaurant­e e bar dele, na Água Branca (zona oeste); ele calcula que teve prejuízo de R$ 5.000 com a mercadoria perdida e a redução do número de clientes

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