Agora

Dos tempos da

Modelos que já foram populares na praça deixaram saudades nos taxistas mais antigos; relembre

- (José Mathias)

A cidade de São Paulo exige que os carros usados pelos taxistas não podem ter mais de 10 anos. A medida renova a frota e coloca sempre carros, teoricamen­te, mais modernos e seguros para rodar.

Mas restrição obriga alguns modelos a sair de cena, deixando taxistas mais experiente­s com saudade.

É o caso de Wagner Damasceno, 54 anos e taxista há 22, que teve dois Volkswagen Santana em sua carreira na praça.

“Era um sedã bastante robusto, confiável, fácil de arrumar e quase não dava problema”, diz ele, que hoje dirige um Chevrolet Cobalt.

“É mais moderno e até mais espaçoso. Estou gostando dele, mas se o Santana voltasse eu trocaria na hora”.

Gambiarra

Já José Benedito de Andrade, 73 anos, lembra que dirigia um Volkswagen Fusca nos anos 80, quando começou a ser taxista. Conta ele que ainda tinha o taxímetro Capelinha no painel do carro.

“A gente tinha que tirar o banco da frente e amarrar uma cordinha para fechar a porta do passageiro, assim ele podia entrar mais fácil e sentar no banco de trás”, conta o motorista.

Hoje ele dirige uma Chevrolet Meriva 2010, que não vai poder rodar mais em 2020. “A Chevrolet tirou a Meriva e a Zafira de linha para colocar essa Spin, que parece ser um bom carro, mas não é tão bonita quanto a minha”, diz Andrade.

O Fusca e outros modelos mais antigos ainda sobrevivem em cidades onde não há a restrição. O Agora flagrou um em Aparecida (a 180 km da capital).

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Ronny Santos/Folhapress Volkswagen Santana, que deixou de ser fabricado há 10 anos
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Robson Ventura/Folhapress Popular dos anos 60 aos 80, o Fusca ainda vive no interior

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