Vai, Chape!
Se a queda do avião da Chapecoense já era sentida por todos com profunda tristeza, a notícia de que a aeronave caiu por falta de combustível causou revolta generalizada. Como é possível tanta irresponsabilidade?
Se a investigação final confirmar essa hipótese, a essa altura já bem clara, a tragédia vai virar crime.
Uma falha dessa, que seria perfeitamente evitável, só aumenta a indignação de todos. É um enorme absurdo!
O desastre gerou demonstrações comoventes de solidariedade. Em diferentes países, cidadãos comuns, autoridades e a comuni- dade esportiva fizeram questão de manifestar seus sentimentos de apoio aos brasileiros.
Clubes fizeram um minuto de silêncio em jogos oficiais ou durante treinamentos. Alguns colocaram o escudo do time brasileiro em seus uniformes. Outros usaram sinal de luto.
Nada, porém, tocou tanto o Brasil quanto a vigília que aconteceu no estádio do Atlético Nacional, em Medellín, no horário previsto para a partida.
Milhares de pessoas compareceram vestidas de branco, com velas e flores nas mãos para prestar sua homenagem aos mortos, suas famílias e compatriotas.
Como aconteceu na Europa, os colombianos também entoaram o grito “vamos, vamos chape!”.
Já se discutem formas de apoiar o clube, que fez um baita esforço para chegar aonde chegou. A Chape merece passar um tempo sem ser rebaixada para a Série B e é boa a proposta de emprestar jogadores sem custo para a agremiação.
Num ambiente em que muitas vezes vemos pancadaria e barbaridades acontecendo, essas manifestações são um bom exemplo.