‘Vou arriscar e cortar para ficar bem chave’, afirma garçom
O garçom Gustavo de Souza, 19 anos, curte o estilo chavoso, porém mais discreto, por causa do emprego em um restaurante em Sapopemba (zona leste).
“Não sei o que os clientes pensariam do meu cabelo, mas vou arriscar e cortar para ficar bem ‘chave’ (legal)”, disse ele na semana passada, quando optou pelo corte quadriculado em degradê, que levou o cabeleireiro Jorge Wallace Clementino de Oliveira a ganhar uma disputa de cortes chavosos. Depois de uma hora sentado na cadeira, ele aprovou o resultado. “Ficou chavoso, mano”.
O açougueiro Jonatan Henrique da Silva, 21 anos, optou pelo topete e um risco simples. “É estiloso, curto esse corte porque te diferencia dos demais”.
Silva gosta de ver o estilo da periferia sendo usado por jogadores de futebol famosos. Mas ele diz que se inspira mesmo nos cortes que observa pela rua. “Vejo e quero fazer igual”.
No salão de Davi, outros dez rapazes aguardavam pacientemente para cortar as madeixas ao estilo chavoso.
Outros salões em bairros como Sapopemba e São Miguel também já possuem especialistas no corte.
Para Jones de Lima, 20, que frequenta um a cada mês, o penteado é diferente e atraente para as garotas. “Elas gostam, perguntam se deu trabalho, como foi feito. É bacana porque chama a atenção. Maneiro”.
Lima conta que o penteado não dá trabalho. “Passo xampu, uma penteada no topete, para trás, e estou bonito para a balada”.