Agora

Indicado desviou de polêmicas

- (FSP)

Em estratégia para evitar desgaste à sua imagem, Moraes passou rapidament­e pelas principais polêmicas que envolviam seu nome. Após conversas com senadores, principalm­ente do PSDB, ele sabia e se preparou para responder a cada tema que poderia parecer espinhoso.

O primeiro deles foi a acusação de que havia advogado para a facção criminosa PCC, o que ele negou.

Rebateu também denúncia de ter plagiado em sua tese de doutorado trechos da obra do jurista espanhol Francisco Rubio Llorente.

Pouco depois, minimizava ter declarado ao Senado não ter parentes que exerçam ou que tenham exercido atividades vinculadas à atividade profission­al dele.

Isso porque o escritório da família Moraes tem pelo menos seis ações no STF, e a mulher do ministro, Viviane, é uma das advogadas responsáve­is pelos processos.

“Em assumindo o cargo de ministro do STF, todos os casos em que minha esposa tenha atuado, em que o escritório tenha atuado, eu me darei por impedido”, disse.

Ele, contudo, não respon- deu a outros temas controvers­os levantados pela oposição, como a atuação da Polícia Militar de São Paulo em manifestaç­ões, na sua gestão como secretário em SP.

Também não abordou sua relação com o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para quem advogou, nem a sabatina informal a que foi submetido no barco do senador Wilder Morais (PP-GO).

Até a conclusão desta edição, a sessão da CCJ ainda não havia terminado. O próximo passo, a votação pelo plenário do Senado, estava prevista para hoje. Indicado ao STF, ministro licenciado rebateu a questionam­entos em sabatina no Senado

Livro de direito publicado pelo indicado contém trechos idênticos a uma obra do jurista espanhol Francisco Rubio Llorente (19302016)

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