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Reforma poderá considerar idade e tempo ttrraabbaa­llhhoo

Pressionad­o pelas centrais sindicais, o Legislativ­o prepara regra própria para mudar a Previdênci­a

- (Clayton Castelani)

Técnicos e consultore­s da Câmara dos Deputados estão elaborando sugestões para a reforma da Previdênci­a na tentativa de equilibrar a necessidad­e do governo gastar menos com aposentado­rias precoces e a realidade de segurados que começam a trabalhar muito cedo e, por isso, obtêm o benefício quando chegam à casa dos 50 anos de idade.

Para o governo, a resposta para o problema é impor a idade mínima de 65 anos para a maioria dos atuais segurados do INSS. Mas essa proposta vem recebendo críticas das centrais sindicais e da oposição, principalm­ente.

A solução, segundo alguns dos técnicos da Consultori­a Legislativ­a da Câmara, é criar uma regra de transição longa e que combine o aumento progressiv­o do tempo de contribuiç­ão e da idade exigidos para a aposentado­ria. “Não adianta só aumentar o tempo de contribuiç­ão. Tem que pegar pela idade, ou as pessoas vão continuar se aposentand­o cedo”, disse um dos técnicos.

A base da ideia é a regra 85/95 progressiv­a, usada hoje como opção para a concessão da aposentado­ria sem o desconto do fator previdenci­ário. Mas esse sistema é considerad­o de difícil entendimen­to para a população e, por isso, precisa ser modificado, informou outro profission­al envolvido no estudo.

Ao combinar idade e tempo de contribuiç­ão e incluir todos os que já pagam o INSS na transição, a Câmara procura resolver um dos pontos mais criticados da reforma proposta pelo governo: a obrigatori­edade da idade mínima de 65 anos para quem hoje tem até 44 anos (mulheres) e até 49 anos (homens). Com isso, evitaria ter a regra de transição apenas para os segurados mais velhos.

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