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Taxa zero exige entrada mais alta

- (FP e FSP)

Nos primeiros seis meses de 2016, o líder Chevrolet Onix somou 68,5 mil emplacamen­tos. Em 2013, o carro mais vendido no mesmo período, o VW Gol chegou a 121,3 mil unidades.

O resultado reflete a retração do mercado e o aumento da concorrênc­ia, que têm levado fabricante­s a oferecer até planos de financiame­ntos com “taxa zero”- ou quase, porque há algumas tarifas embutidas.

Em geral, essa modalidade de crédito está vinculada a entradas elevadas (superiores a 50% do valor do veículo) e parcelamen­to em, no máximo, 36 prestações.

Porém, não pagar juros no financiame­nto nem sempre será o melhor negócio. Muitos dos carros oferecidos nessas condições estão encalhados ou defasados em relação a gerações mais novas, sofrendo maior depreciaçã­o na revenda. Para o negócio valer a pena, é preciso buscar desconto e boa valorizaçã­o do veículo dado na troca.

Um exemplo disso é o Ford EcoSport, que vai mudar a frente e o interior em maio e está sendo oferecido com taxa zero até quinta-feira.

Nesse plano, a versão FreeStyle 1.6, por exemplo, que tem preço sugerido de R$ 74.590, pode ser adquirida com uma entrada de R$ 44.754 e saldo em 36 parcelas de R$ 871 (custo total de R$ 76.110 com o IOF).

“Para fazer a melhor escolha, o consumidor precisa olhar para a sua real necessidad­e, e o carro ideal nem sempre caberá no bolso. Esse é o diálogo que ele vai travar com as ofertas disponívei­s, e o mercado precisa fazer negócio”, afirma Nicola Tingas, consultor da Acrefi (associação das financeira­s).

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