Piscinas municipais estão limpas, mas falta professor
De dez áreas de lazer visitadas na capital, quatro não ofereciam aulas de natação ou hidroginástica
No ensolarado verão de 2017, o paulistano tem piscinas públicas municipais em boas condições para se divertir. Mas nem sempre é fácil encontrar professores de natação e hidroginástica.
O Vigilante Agora visitou, na semana passada, dez piscinas municipais, nas cinco regiões da cidade. Em quatro delas faltavam professores.
No Clube Escola Mooca (zona leste), nunca foi oferecida aula de hidroginástica e não há professor de natação desde 2015, afirmam funcionários. “Quem dava aula tirou licença e, com certeza, não vai ter neste ano de novo”, disse uma atendente.
O local foi o único onde a reportagem encontrou uma piscina suja, na terça-feira. “Não deu tempo de limpar após o movimento do fim de semana”, disse funcionário.
No Clube Escola Ibirapuera, na Vila Mariana (zona sul), segundo atendentes e seguranças, o responsável pelas aulas de natação e hidroginástica se aposentou em janeiro e não há previsão para chegada de um substituto.
O lugar tem outro problema: funcionários se confundiram ao orientar visitantes que buscavam o clube escola para nadar. Acabavam indicando o Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (no mesmo complexo, mas com piscinas apenas para atletas de alto rendimento).
No Clube Escola Casa Verde (zona norte), também não há previsão de aulas. “Um diretor tirava dinheiro do bolso para bancar o professor no ano passado”, contou um funcionário. No local, um salva-vidas, sem camisa de identificação, estava afastado da água, onde uma dezena de jovens se divertiam.
No Clube Escola Butantã (zona oeste) também não há aulas. “A professora que dava essas aulas foi para a secretaria e só vem aqui duas vezes por semana para dar alongamento à terceira idade. Não teremos natação e hidroginástica neste ano”, falou segurança.