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Veja as profissões que mais garantem o tempo especial

O INSS dificulta a concessão do bônus para segurados que atuam em atividade com risco à saúde

- (Fernanda Brigatti)

O segurado que trabalha em atividades prejudicia­is à saúde vive a expectativ­a de antecipar a aposentado­ria do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Quem não tem tempo suficiente em atividade insalubre para pedir o benefício especial pode converter esse período e antecipar a aposentado­ria por tempo de contribuiç­ão.

Na maior parte dos casos, cada ano em atividade insalubre representa um aumento de 40% na contagem do tempo, para os homens, e de 20%, para as mulheres.

Esse reconhecim­ento, porém, não é nada fácil. A lista de exigências varia de acordo com a época em que a atividade foi exercida. Desde 2004, porém, o formulário PPP (Perfil Profissiog­ráfico Previdenci­ário) deveria ser o suficiente para o segurado conseguir a contagem.

Na prática, não é bem assim. O advogado João Badari explica que profission­ais da área da saúde, eletricist­as e vigilantes armados com frequência precisam ir à Justiça para reconhecer o direito. Ele diz que a maioria não tem os 25 anos mínimos necessário­s para ter a aposentado­ria especial, que dá direito ao benefício integral, igual à média salarial do segurado.

Mudanças em vista

Isso é preocupant­e especialme­nte se o governo Temer (PMDB) aprovar a reforma da Previdênci­a enviada ao Congresso. O texto já está em discussão em uma comissão especial da Câmara e acaba com a possibilid­ade de conversão do tempo especial em comum para atividades exercidas após a aprovação da reforma. Assim, só usará o tempo especial quem tiver todo o período em atividade insalubre. Quem não tiver usará o tempo, mas sem o bônus.

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