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Apostas para a eleição de 2018 passam pela Lava Jato

- (FSP)

Geraldo Alckmin ou outro político tradiciona­l. Marina Silva, ladeada ou não por Joaquim Barbosa. Lula ou Ciro Gomes. João Doria ou alguma surpresa a ser revelada. Estas são as apostas para a sucessão do presidente Michel Temer entre líderes partidário­s, analistas políticos e de mercado.

À frente do Centro de Liderança Pública, o cientista político Luiz Felipe D’Avila afirma que “o próximo presidente sairá da estrutura partidária tradiciona­l”.

No chamado campo conservado­r, os principais nomes estão sob a ameaça da Operação Lava Jato. E, estão brigando entre si.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), está acossado pelas diversas citações a seu nome nas delações. “O Aécio não vai se agarrar de forma quixotesca à candidatur­a‘, diz um aliado.

Como está no controle da máquina partidária, qualquer acerto passa pelo mineiro. Aí entra o governador paulista Geraldo Alckmin. Ocorre que o tucano também está citado na Lava Jato, ainda que de forma por enquanto mais lateral que colegas do partido. Todos negam irregulari­dades.

“Se ele acabar comprometi­do teremos de achar um João Doria (prefeito de São Paulo), se não for o próprio”, diz um tucano.

Apesar dos anos de desgaste, o cenário atual entre observador­es prevê alguém da centro-esquerda com chances de ir ao segundo turno em 2018.

Os olhos convergem para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, único nome do PT com densidade eleitoral.

A questão é se Lula será impedido de concorrer por uma condenação em duas instâncias na Lava Jato.

A equação tem alguns candidatos a terceira via. No campo à direita, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) vem cravando por volta de 10% em intenções de voto.

De centro há Marina Silva (Rede), mas a ex-senadora ficou abalada com os ataques sofridos na campanha de 2014 e sua falta de habilidade para o confronto desencoraj­a simpatizan­tes.

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