Legião argentina
País vizinho cedeu, em toda a história, 26 jogadores para o Tricolor; Pratto é o último deles
Atualmente, o São Paulo possui três jogadores argentinos em seu elenco: o lateral direito Buffarini e os atacantes Lucas Pratto e Chavez.
Apesar de o clube ter maior identificação com o Uruguai, por causa dos ídolos Pedro Rocha, Forlán, Dario Pereyra e Diego Lugano, a Argentina é o país que mais cedeu atletas na história do Tricolor.
Ao todo, são 26 argentinos (veja arte abaixo). Na sequência, vem justamente o Uruguai, com dez atletas.
O estrangeiro que mais atuou pela equipe foi o goleiro argentino Jose Poy, ídolo nas décadas de 1940 e 50, e mais tarde treinador.
Só nesta década, já chegaram ao Morumbi sete argentinos, além do treinador Edgardo Bauza, o Patón.
Ele deixou o clube no ano passado para comandar a seleção de seu país nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.
O destaque mais recente foi o centroavante Jonathan Calleri. Contratado no começo de 2016 sem muita pompa, ele acabou virando uma grata surpresa.
Hoje no West Ham-ING, o jogador criou um vínculo muito forte com a torcida e, inclusive, chorou após o fim do contrato de seis meses.
Calleri tentou retornar no começo deste ano. Porém, o grupo de investidores que o colocou na Europa não o queria de volta ao continente sul-americano tão cedo.
Mas os torcedores não têm motivo para lamentar. Se ele tivesse voltado, um outro goleador não teria chegado.
Lucas Pratto está no Tricolor há menos de duas semanas e já caiu nas graças da galera. Com dois gols em três jogos, o centroavante tem tudo para repetir o feito de seu antecessor e ser artilheiro do time na temporada.
Como já jogava no Brasil, o camisa 14 está totalmente adaptado e se encaixou perfeitamente no São Paulo.
“Fazer gol rápido sempre facilita as coisas, mas o grupo é muito bom, os companheiros já me conheciam e me receberam muito bem. Isso facilitou tudo”, comentou.
Plano de virar ídolo
Pratto espera que um dia possa ser chamado de ídolo e sabe que, para isso, precisa fazer história.
“Os ídolos são Rogério [Ceni] e Lugano. Estou ajudando o time a ser competitivo fazendo gols. Com o passar do tempo, se conseguirmos títulos importantes, aí a torcida e o clube também vão me considerar um ídolo”, disse.
“Quero seguir por esse caminho que fez o Calleri, que marcou sua presença no clube. Mas, para ser ídolo, falta muito. Tenho de me adaptar 100% ao time, conseguir coisas importantes, e aí veremos como a torcida e o clube se sentem comigo”, completou.