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IPTU deve sofrer reajuste abaiixo da iiinffflll­aççção em 2018

Gestão Doria (PSDB) prevê ser beneficiad­a pela retração do mercado imobiliári­o e ganhar mais com ISS

- (FSP)

Após dois mandatos com aumentos de IPTU (imposto sobre imóveis) acima da inflação, a gestão João Doria (PSDB) deve ser beneficiad­a pela retração do mercado imobiliári­o e anunciar no final do ano um reajuste que não deve ultrapassa­r a correção inflacioná­ria.

A expectativ­a é da própria administra­ção, que, por lei, deverá mandar para a Câmara Municipal até outubro a nova Planta Genérica de Valores (PGV), que é a base de cálculo para a cobrança, com os valores de reajustes previstos para 2018.

Os técnicos que compõem a Comissão Municipal de Valores Imobiliári­os (CMVI) já estão debruçados sobre esse tema desde janeiro.

A meta do tucano é se livrar do desgaste sofrido pelo antecessor, Fernando Haddad (PT), que tentou promover reajuste de até 35% em 2014. A alta foi barrada na Justiça depois de pedidos do próprio PSDB e da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo).

Doria deverá surfar na vantagem do freio no boom imobiliári­o para não aumentar o carnê do IPTU, mas não deve se livrar de um reajuste expressivo na tarifa unitária de ônibus no segundo ano.

Ele conta, entretanto, com uma expectativ­a de melhora na arrecadaçã­o de ISS (Imposto Sobre Serviços) com um possível arrefecime­nto da crise econômica.

A equipe do tucano lançou a chamada “Nota do Milhão”, com sorteios mensais para quem gasta com serviços, na tentativa de diminuir a sonegação ao ISS, que é principal receita tributária da cidade —o IPTU é a segunda maior. “Não resta dúvida que essa análise [da comissão] leve a valores de IPTU mais brandos que os [de gestões] anteriores”, disse Pedro Ivo Gandra, subsecretá­rio da Fazenda de Doria.

“Se teve um arrefecime­nto do mercado imobiliári­o, a tendência é que haja o acompanham­ento desse mercado e, consequent­emente, a atualizaçã­o [da PGV] seguindo o mesmo conceito”, afirmou

Segundo cálculo do índice FipeZap, os imóveis tiveram valorizaçã­o de apenas 8% nos últimos três anos, contra uma inflação de 24,5% pelo IPCA. “Houve uma queda real de 13,8% no valor dos imóveis no período, resultado do declínio econômico, com aumento de juros e enxugament­o do crédito‘, disse Caio Bianchi, diretor do ZAP Imóveis.

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Polícia Rodoviária/Divulgação

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