Rússia quis prejudicar Hillary e ajudar Trump, afirma FBI
Diretor da polícia federal dos EUA disse que investiga elo entre equipe de campanha e russos
Washington (DC) Em audiência no Comitê de Inteligência da Câmara, o diretor do FBI (polícia federal dos EUA, James Comey, disse ontem que a Rússia queria, durante as eleições presidenciais de 2016, prejudicar a então candidata democrata Hillary Clinton e ajudar o republicano Donald Trump.
“Eles queriam ferir nossa democracia, feri-la [Hillary] e ajudá-lo [Trump]”, disse Comey, que conduz uma investigação no FBI sobre a suposta interferência da Rússia no processo eleitoral.
“Putin odiava tanto a secretária [ex-secretária de Estado] Clinton que, por consequência, ele tinha uma preferência clara pela pessoa concorrendo com alguém que ele odiava tanto”, completou o diretor.
No entanto, o diretor da Agência de Segurança Nacional (NSA), Mike Rogers, negou que os russos teriam alterado os resultados em seis importantes Estados onde Trump ganhou, incluindo Pensilvânia, Michigan e Flórida. Ele foi questionado pelo presidente do comitê, o republicano Devin Nunes.
Comey também confirmou pela primeira vez, nesta segunda, que o FBI está investigando possíveis contatos entre membros da equipe de campanha de Trump e Moscou durante o processo elei- toral, como parte da investigação sobre a possível influência russa nas eleições de 2016. O jornal “New York Times” revelou, em fevereiro, que agentes de inteligência tinham encontrado provas de contatos da equipe de Trump com o governo russo.
“Isso [trabalho do FBI] inclui investigar a natureza de qualquer ligação entre indivíduos associados com a campanha de Trump e o governo russo e se houve alguma coordenação entre a campanha e os esforços russos”, afirmou Comey.