Não deixem o ótimo clássico Santos 1 x 2 Palmeiras morrer
Que tempo bom, que não volta nunca mais, que tempo bom, que não volta nunca mais... Alô, povão, agora é fé! Pela rivalidade recente, pela qualidade do jogo, pelas bolas na trave, pelas defesas dos goleiros e pela virada eletrizante no ocaso do clássico, Santos 1 x 2 Palmeiras tinha tudo para ficar registrado na história como um dos grandes jogos do confronto e ter sua história repetida boca a boca, geração após geração. Gostaria de estar equivocado, mas, infelizmente, duvido que acontecerá.
Manja o famoso gol de Pelé na Javari? Ou o Dérbi do Adãozinho? Há incontáveis jogos que não decidiram nada que são históricos e festejados por torcedores ao longo dos anos... No entanto, não há um só palmeirense que viu —e não haverá nenhum que poderá inventar que viu, como os milhões “presentes” no antológico gol de Pelé na Mooca— a vitória sobre o Peixe na Vila. Felipe Melo mexeu com a torcida rival e Willian Bigode correu para o banco porque não havia palestrinos na Vila para dividirem as comemorações.
Mas não são só as “otoridades” que têm culpa! Nós, jornalistas, também exageramos no objetivismo... Nos anos 50, 60 ou 70, a atuação de Róger Guedes, que entrou e participou dos dois gols, seria poeticamente exagerada e viraria algo, por exemplo, similar à participação do corinthiano Adãozinho na maior virada do centenário Dérbi.
E Prass? O goleiro teve uma atuação magistral que, a exemplo do que ocorreu com Rodolfo Rodríguez contra o América, em 1984, na mesma Vila Belmiro, poderia ter uma série de defesas repetidas por décadas. Mas a mídia, que espelha as redes antissociais, está mais animada em repercutir declaração de Twitter ou entrevista do que o que diz o gramado.
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!