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Senado pode votar nova proposta de terceiriza­ção

Projeto de 2015 traz mais garantias para o trabalhado­r; proposta aprovada na quarta foi enviada a Temer

- (FSP e Vanessa Sarzedas)

Depois que os deputados federais aprovaram o projeto de 1998, que permite às empresas contratare­m terceiriza­dos para todas as suas atividades, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou que os senadores votarão nos próximos dias a proposta mais recente sobre o tema.

O texto aprovado pela Câmara em 2015 traz mais garantias aos trabalhado­res do que o projeto enviado ontem para a sanção do presidente Michel Temer (PMDB).

Já a proposta aprovada na Câmara anteontem só determina que os terceiriza­dos não poderão fazer serviços diferentes daqueles para os quais foram contratado­s, terão as mesmas condições de segurança e higiene dos funcionári­os diretos e que a empresa principal será fiscalizad­a conforme a CLT (Consolidaç­ão das Leis do Trabalho).

O projeto de 2015 traz 50 garantias. Entre elas, impede que as empresas demitam seus funcionári­os e os recontrate­m como terceiriza­dos, prevê os mesmos benefícios dos funcionári­os diretos, como alimentaçã­o e transporte, e obriga a empresa principal a fiscalizar se a terceiriza­dora está pagando o INSS, o FGTS e outras verbas.

Além disso, permite ao terceiriza­do entrar na Justiça contra as duas empresas em caso de calote do patrão.

O relator dessa proposta, Paulo Paim (PT-RS), tem insistido no veto à terceiriza­ção da atividade principal. “Espero votar, no mais tardar, na quinta que vem.”

Deputados de SP

O projeto de 1998 foi aprovado por 54,1% dos deputados. Dos parlamenta­res eleitos por São Paulo, 32 dos 59 votantes foram a favor e 26 foram contra a medida.

Se o texto do Senado for aprovado, Temer poderá selecionar o que pretende sancionar ou vetar entre as duas propostas.

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