Aumentam os pedidos de reparo em estações do metrô
Chamados abertos por funcionários subiram 11,4% em dez anos. Foram 76 por dia em 2016
O número de chamados abertos por funcionários do metrô para fazer reparos em estações cresceu 11,4% entre 2006 e 2016, segundo dados obtidos pela reportagem via Lei de Acesso à Informação. Em média, foram feitos 76 pedidos por dia no ano passado para consertos de escadas rolantes, catracas, luminárias e vazamentos, entre outros.
A situação mais crítica é encontrada nas linhas 1-azul e 3-vermelha, as mais antigas. Os números mostram que houve um aumento de 17,7% no número de chamados na linha 1-azul, que vai do Jabaquara (zona sul) ao Tucuruvi (zona norte).
Na linha 3-vermelha, a mais lotada da capital, o aumento no número de chamados para consertos foi ainda maior, de 21,2% entre 2006 e 2016.
Os dados não levam em consideração estações que não estavam em pleno funcionamento em 2006, como boa parte da linha 2-verde (trecho entre Chácara Klabin e Vila Prudente) e a Adolfo Pinheiro, na linha 5-lilás.
Percepção
Quem trabalha nas estações do metrô é categórico em afirmar que esse aumento no número de chamados já foi percebido no dia a dia. “Antigamente, quando quebrava alguma peça, ela era trocada por uma nova. Agora, a troca é por peças recondicionadas, que quebram mais fácil”, disse um funcionário de uma estação na linha 1-azul, na zona sul da capital.
Segundo os funcionários, os itens que dependem de energia elétrica para o funcionamento são aqueles que apresentam mais falhas. Entram nessa lista as escadas rolantes, as catracas e as luminárias. “Não quebravam tanto como hoje”, diz outro metroviário que trabalha diretamente com o público na linha 1-azul.
Algumas estações, como a Ana Rosa, tiveram um aumento de 88% no número de chamados, pulando de 406 para 763.