Do papa ao pop
É impressionante a força de publicidade dos clubes de futebol. A força de penetração das marcas, por meio das camisas dos times, é tão grande que até mesmo as cifras milionárias oferecidas pelas empresas são café pequeno perto do alcance que elas atingem.
Nas últimas semanas, a camisa do Verdão foi do papa ao pop. Primeiro, o manto palmeirense brilhou ao ser vestido pelo astro pop canadense Justin Bieber. Em seguida, teve sua imagem replicada em jornais, televisão e ainda em milhares de celulares e redes sociais ao ser exibido pelas sagradas mãos do papa Francisco.
Penso aqui com meus botões: quanto custaria para uma empresa anunciar com o papa? Não é possível mensurar. Primeiro, porque o papa Francisco, homem de carisma incrível, jamais faria um contrato publicitário. E, mesmo se um dia, o Santo Padre resolvesse fazer tal negócio, em nome de alguma campanha humanitária, os valores seriam inimagináveis. Por sua vez, o astro canadense, acostumado aos patrocínios, deve ter uma tabela de preços pra lá de salgada.
Até a empresa de empréstimos pessoais Crefisa fechar patrocínio com a camisa do Palmeiras, em dezembro de 2015, confesso que jamais tinha ouvido falar de tal instituição. Até porque, se preciso de um consignado, faço no meu banco velho de guerra.
Aliás, o Timão, que encerrou a prolífica parceria com a Caixa, apareceu domingo com um patrocínio de Alcatel, um aparelho celular, também desconhecido para mim. Agora, o delicioso arroz Tio Urbano, que à vezes aparece na camisa Tricolor, conheço de longa data. É bom de prato, e não faz gol contra!