Reencontro alvinegro Final histórica
Corinthians e Ponte Preta reeditam, 40 anos depois, decisão que marcou trajetória das duas agremiações
Os torcedores do Corinthians que encontram Basílio lhe agradecem até hoje. Os adeptos da Ponte Preta, 40 anos depois, ainda se irritam ao recordar a final do Campeonato Paulista de 1977.
Esses sentimentos serão novamente vivenciados após quatro décadas. Nos dois próximos finais de semana, os alvinegros vão reeditar um confronto que marcou a história dos dois clubes.
O triunfo no Estadual daquele ano foi o mais comemorado em mais de um século de Corinthians. Após uma vitória de cada lado, Basílio se transformou no Pé de Anjo ao libertar o povo sofrido de um jejum de quase 23 anos sem títulos.
“Sou um iluminado”, costuma dizer o ex-meio-campista, timidamente. Ele não se sente à vontade para assumir sozinho a responsabilidade pelo momento memorável e sempre se mostra grato pela gratidão recebida.
Os sentimentos não são tão bonitos do lado campineiro. Se o Corinthians encerrou seu jejum em 1977, a Ponte continua com fome, sem nenhuma conquista relevante em quase 117 anos.
Seus torcedores lamentam que os três jogos da decisão tenham sido disputados em São Paulo, no Morumbi. E ainda têm a pulga atrás da orelha com a expulsão de Rui Rei, por surto contra o árbitro Duldício Wanderley Boschilia. Quatro meses depois, o atacante foi anunciado como reforço no Parque São Jorge.
Há 40 anos, o time campineiro era mais técnico, com jogadores como Oscar e Dicá. A formação paulistana tinha em Palhinha seu grande nome, mas ele se machucou no início do segundo jogo.
Mesmo sem o principal jo- gador, o Corinthians contou com a Fiel e com Basílio para triunfar. Dois anos depois, quando as equipes voltaram a se encontrar na decisão, o Timão já tinha o craque Sócrates e era bem superior.
Novo capítulo dessa histó- ria será escrito nos próximos domingos. Ao que tudo indica, com um jogo em Campinas e um em São Paulo.