Agora

Com a bola murcha

O badalado elenco não está conseguind­o jogar como a torcida espera e o jeito de atuar gera confusão

- (Luís André Rosa e UOL)

O fracasso no Paulistão e o sofrimento nas cinco partidas na Libertador­es deixam claro que o Palmeiras, nos primeiros quatro meses sob o comando de Eduardo Baptista, está muito longe de ser uma equipe confiável —o técnico está com a cabeça a prêmio.

Somente uma tragédia causará a eliminação do Verdão no torneio continenta­l. Mesmo com a derrota para o Jorge Wilsterman­n, anteontem, o alviverde está com um pé e meio no mata-mata.

No próximo dia 24, no Allianz Parque, a equipe carimba a vaga até com uma derrota por um gol no duelo com o Atlético Tucumán.

Mesmo tendo um adversário que não somou nenhum ponto como visitante, o Verdão corre o risco de jogar sem torcida —o sinal de alerta dos torcedores acendeu.

O clube foi denunciado por causa da confusão, dentro e fora de campo, no jogo contra o Peñarol, no Uruguai.

O público fez a diferença nas duas vitórias da equipe como mandante. Os triunfos acontecera­m após os 50 minutos do segundo tempo.

Com tantos problemas, Eduardo Baptista é apontado como vilão na história por não conseguir sequer definir um padrão tático. Assim, ele vive sob a sombra de Cuca, seu antecessor, que levou o time ao título brasileiro.

O técnico apostou no início da temporada no esquema 4-1-4-1. A ideia era ter Felipe Melo à frente da zaga, com uma linha de quatro no meio-campo, liberdade para os pontas irem à frente e, ao mesmo tempo, obrigação de voltar na marcação, especialme­nte, dos laterais.

Depois disso, o comandante resolveu usar o 4-2-3-1, também sem sucesso. Na semana passada, Eduardo implantou o esquema de três zagueiros, que acabou desfeito após os 45 minutos horríveis e o 2 a 0 no primeiro tempo para o Peñarol.

E o Borja?

A pergunta que não quer calar é o que houve com o destaque da Libertador­es do ano passado, que chegou como a contrataçã­o mais cara da história do Palmeiras.

O desempenho do atacante foi tão ruim que o camisa 12 foi reserva na Bolívia. Artilheiro do ano, Willian, que rende mais atuando pelos lados, ficou centraliza­do, não foi bem e saiu no intervalo.

Borja entrou e também pouco acrescento­u ao poder de fogo na primeira etapa.

Precaução na frente, desespero atrás. Nesta Libertador­es, 7 dos 8 gols sofridos tiveram origem nos lances de bolas aéreas.

O técnico já tentou mudanças de jogadores e trocas na marcação defensiva, mas ainda não obteve êxito.

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Cesar Greco -24.mai.17/Agência Palmeiras O técnico Eduardo Baptista comanda o treinament­o do Palmeiras na Academia de Futebol; com um desempenho irregular, o comandante ainda deixa a desejar e não consegue dar um padrão ao seu time

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