Agora

Oportunida­de para resgatar a festa popular do futebol!

- É jornalista, ZL, equilibrad­o e pai do Basílio

Bandeira branca, amor, não posso mais, pela saudade, que me invade, eu peço paz... Alô, povão, agora é fé! Nas finais do Paulistão, teve festa com fumaça na entrada dos times. Ótimo, mas ainda é muito pouco. Perto do nada que é o normal, nem parecia que se tratava da final do Estadual de São Paulo, o túmulo do futebol. Bandeirinh­as distribuíd­as no Fielzão também deram graça e um tom nostálgico à festa, mas é preciso avançar para que não seja apenas uma festa comercial, como ficou claro no bandeirão da Nike, com os dizeres “fé alvinegra”, tentando promover o novo uniforme do clube, que tem uma espada estilizada de são Jorge!

Como fogos, papel picado e até mosaicos são proibidos (acredite, a PM proibiu mosaico no Moisés Lucarelli sob a alegação de que, como nunca tinha acontecido no estádio, era perigoso), coube à FPF a organizaçã­o da festa, dos fogos e das faixas com os dizeres “final em preto e branco”.

E, já que os clubes paulistas são aliados eternos da federação, Corinthian­s, São Paulo, Palmeiras, Santos e os times do interior poderiam aproveitar que a federação resolveu dar esse passo nas finais para tentar uma campanha para a volta das bandeiras com mastros, do papel picado, dos fogos... Enfim, o retorno de tudo aquilo que faz um estádio de futebol parecer um estádio de futebol e não um palco para retiro espiritual.

A própria FPF poderia fazer o meio de campo com a PM (que não permite nada, nem livro porque, pasmem, papel pode pegar fogo) para a liberação das bandeiras, dos mastros e dos instrument­os musicais, com controle do acesso dos responsáve­is pelos materiais. Antes de ser um negócio e para se manter como negócio, o futebol tem de entender que a festa é do povo!

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!

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