Após tumulto com ‘pixuleco’, organizadores aprovam protesto
A chegada do boneco “pixuleco” (alusão à forma como o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto se referia à propina, segundo o delator Ricardo Pessoa, da UTC) no local onde se concentram os apoiadores da Lava Jato, por volta das 14h de ontem, gerou confusão em Curitiba.
Após o ato, os organizadores do protesto avaliaram que o movimento foi positivo para “marcar uma posição” e estimam que 400 pessoas passaram no local ao longo do dia. A reportagem, no entanto, contou número menor, cerca de 150 pessoas.
Criado em agosto de 2015, o boneco que representa o ex-presidente Lula preso se tornou algo constante em manifestações que pediam o impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT) e contrárias ao petista.
Após uma suposta tentativa de agressão, o boneco foi escoltado com faixas, impe- dindo que os manifestantes se aproximassem dele. Com 17 metros, o “pixuleco” foi dividido em várias partes para facilitar a manutenção.
Logo após a chegada do boneco, um homem que entrevistava os participantes do ato e fazia questões sobre outros políticos citados ao longo da Lava Jato, como Aécio Neves (PSDB), foi retirado do ato com proteção policial.
“Queria saber o que as pessoas tinham de informação sobre o Lula e mostrei políticos na mesma situação”, afirma o microempresário André Roberto. “Meu objetivo era saber se estavam apoiando a Lava Jato ou só são contra alguns nomes”, afirmou.
O ato pró-Lula em Curitiba também teve um boneco do ex-presidente. A versão usada pelas centrais sindicais e movimentos sociais, como o MST, no entanto, vestia vermelho e tinha adesivos a favor do ex-presidente.