Sem grana, Hopi Hari ffeecchhaa por tempo indeterminado
Presidente do parque divulga nota dizendo que decisão é para tomar fôlego. Ele reclama da imprensa
Reclamando de “ataques raivosos” e de “infames reportagens”, o Hopi Hari anunciou ontem que pretende fechar as portas ao público. Em nota enviada à imprensa, o presidente do parque, José Luiz Abdalla, afirmou que o encerramento das atividades é uma “pausa” para “tomar fôlego e voltar com toda força”. O parque, inaugurado em 1999, fica em Vinhedo (79 km de SP)
Na semana passada, fiscalização da Proteste encontrou várias falhas de segurança no parque, como “descaso com manutenção, mato alto, canaletas quebradas”. Apenas cinco brinquedos estavam funcionando e havia poucas opções de alimentação.
Ontem, Abdalla culpou reportagens pelo fechamento do parque. “Nesta última se- mana, o Hopi Hari foi alvo de uma onda de ataques raivosos e desproporcionais, pressagiando o fim do parque —o que, se depender de nós, não irá acontecer. O Hopi Hari segue vivo. Mas em função de infames reportagens, estamos considerando fazer uma pausa no atendimento ao público, tomar fôlego e voltar com toda força”, escreveu o administrador.
Ele sugeriu que “a falência só pode interessar a alguns bárbaros que pretendem se apossar da área vá saber com que fins”, sem detalhar quais. Abdalla admite que a situação é bem conhecida: “dívidas, pouco público, atrações paradas, plano de recuperação judicial em aprovação e uma longa fila de problemas herdados de administrações anteriores”.
Mas, segundo ele, as reportagens afetaram “fortemente” as negociações com investidores. “É necessária muita coragem para investir numa empresa que a mídia está ‘enterrando’ viva, e cujo plano de recuperação judicial ainda está para ser aprovado”, afirmou.