Agora

‘Era um cara estranho, nunca falou com ninguém’, diz vizinha

- (LA)

Ao menos quatro vizinhos de Marcos Nunes suspeitava­m que havia algo estranho com ele e com a casa. Eles afirmam que o segurança não morava lá. Mas ia todos os dias, por volta das 18h e saía aproximada­mente 22h, para ir ao trabalho.

“Era um cara estranho, nunca falou com ninguém, nem dava bom dia”, diz uma vizinha de 43 anos. “Sempre vi agentes de saúde, policiais e assistente­s sociais batendo lá e conversand­o com ele. Isso fazia a gente achar algo estranho, mas ninguém imaginava que era tão grave”, complement­a.

Ninguém nunca viu a garota que estava presa dentro da casa. “Diziam que ele tinha uma filha, mas, como ele era muito discreto, não dava abertura para a gente perguntar quem era, o que fazia, onde estava”, afirma um vizinho de 59 anos.

Incrédulos, os vizinhos querem que Nunes permaneça na cadeia e que a jovem se recupere do trauma. “Se soubéssemo­s o que estava acontecend­o, com certeza, teríamos feito algo com as próprias mãos. Ainda bem que foi feito isso pela polícia. Era capaz de ele ser linchado”, afirma um outro vizinho, revoltado.

Ontem, entre a tarde e a noite, o local virou ponto de roda de conversa entre os vizinhos e alunos da escola próxima. “Todo mundo aqui só fala disso. Tá todo mundo assustado. Como alguém faz isso com uma pessoa da família?”, questiona um menino de 13 anos.

A mãe do menino, uma dona de casa de 38 anos, que voltava da escola com ele, complement­a: “Quem faz com qualquer pessoa, não é normal. É doente. Com a própria filha, então... Deve ficar anos e anos na cadeia”, afirma.

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Delegada acompanha menina de 12 anos após o seu depoimento na delegacia, na capital fluminense

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