Piittii de CCeniii escancara clima de alta tensão no Tricolor
Equipe tenta superar ambiente nervoso e sequência negativa de resultados sob comando do ídolo
Ficou para trás o momento do ano em que “pressão alta” era a estratégia usada pelo São Paulo para roubar a bola no campo do adversário. A expressão hoje define melhor o ambiente da equipe tricolor, que não consegue um resultado satisfatório há um mês e meio.
De lá para cá, o time foi eliminado da Copa do Brasil, do Campeonato Paulista e da Copa Sul-Americana. E viveu ao menos um momento pesado no vestiário, no dia 16 de abril, no intervalo da derrota por 2 a 0 para o Corinthians, no Morumbi.
Irritado com a atuação de seu time, que acabara de levar o segundo gol, Rogério Ceni demonstrou enorme nervosismo. Cobrando alguns dos atletas —entre eles, Rodrigo Caio, pelo gesto de “fair play” que cancelou o cartão amarelo do rival Jô—, atirou sua prancheta no chão.
O objeto acabou acertando o meio-campista Cícero. O treinador se desculpou, mas seu acesso de fúria não resolveu os problemas da equipe e assustou os mais jovens do elenco.
“O Rogério chegou chateado e dando esporro na gente”, disse o volante Jucilei, procurando minimizar a situação. “O Rogério e o Cícero são amigos. Eles conversaram e se entenderam.”
Como os resultados não têm sido bons, o episódio veio à tona —o que causou nova irritação no comandante. Conselheiros já questionam a aposta em Ceni, mas a diretoria mostra confiança no trabalho do ex-goleiro.
Houve uma conversa entre o técnico e alguns dos líderes do grupo de jogadores na tentativa de tornar o clima mais ameno. As manifestações públicas têm sido de apoio ao chefe, o que não chega a surpreender.
Os problemas em campo, no entanto, persistem. E o ambiente fora dele não está leve.