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Temer diz que concordou com “ajuda humanitári­a” a Cunha

- (FSP)

O presidente Michel Temer deu explicaçõe­s a amigos e conselheir­os próximos sobre as razões que o teriam levado a incentivar o empresário Joesley Batista, da JBS, a dar dinheiro a Eduardo Cunha e ao doleiro Lucio Funaro, que estão presos.

Segundo os relatos, Temer saberia que a família de Cunha passa por grandes dificuldad­es financeira­s, já que ele está com todos os bens bloqueados. Por isso, ao ouvir de Joesley que o empre- sário estava pagando mesada ao parlamenta­r, o presidente apoiou a iniciativa.

“Foi tudo num contexto humanitári­o. O presidente diz que jamais pensou que isso poderia beneficiá-lo com o silêncio do Cunha”, diz um amigo que conversou com o presidente.

No áudio da gravação feita por Joesley e entregue ao Ministério Público Federal, o empresário diz que fazia pagamento a Cunha e a Funaro para que ficassem em silên- cio sobre irregulari­dades envolvendo aliados. Temer então teria respondido: “Tem que manter isso, viu?”.

Ontem, o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), responsáve­l pela Lava Jato, liberou as gravações feitas por Batista. Para aliados de Temer, a conversa é inconclusi­va e a forma como será repercutid­a pela imprensa e nas ruas deverá ter peso no sucesso do presidente em se manter no cargo. Os 513 deputados e 81 senadores, em sessão bicameral, com voto aberto e peso igual para todos A Constituiç­ão não diz se as regras gerais de elegibilid­ade (brasileiro, 35 anos ou mais, filiado a um partido) se aplicam num pleito indireto. Caberia ao Congresso definir

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