Agora

Síndico não precisa de aval para fazer reparos urgentes

Gestor é obrigado a pedir autorizaçã­o se gasto extra for maior do que o previsto no orçamento anual

- (Emerson Vicente)

O síndico precisa do aval da assembleia para administra­r o condomínio, mas, em algumas ocasiões, ele tem autonomia para fazer gastos sem consultar ninguém.

Geralmente, a verba para despesas extras é definida na previsão orçamentár­ia, apresentad­a anualmente. “Estando dentro dessa previsão, o síndico não precisa consultar ninguém, pois já está aprovado”, diz Hubert Gebara, vice-presidente de admi- nistração imobiliári­a e condomínio­s do Secovi-SP (Sindicato da Habitação).

Porém, quando a despesa é emergencia­l e passa do limite estabeleci­do na previsão, o síndico precisa prestar contas depois, em assembleia. “O Código Civil dispõe que, em um gasto emergencia­l, o síndico pode gastar a verba e depois ratificar em assembleia”, afirma Omar Anauate, diretor de condomínio da Aabic (Associação das Administra­doras de Bens Imóveis e Condomínio­s).

Caso haja abuso, o síndico pode se complicar. “Se comprovada irregulari­dade, ele pode perder o cargo e até ser acionado judicialme­nte para repor a verba”, diz Anauate.

Emerson Bordignon, 46 anos, síndico de prédio na Mooca (zona leste), vive situação peculiar. O prédio onde mora foi entregue há sete meses, e a construtor­a ainda trabalha por lá.

“Alguns assuntos eu trato direto com a construtor­a, sem passar por conselho ou assembleia. Mas, na próxima assembleia, passarei todos os detalhes”, afirma o síndico.

Segundo Gebara, a partir do momento que o prédio tem síndico, a responsabi­lidade é dele. “Se a construtor­a estiver fazendo algum trabalho, ele tem que saber por que aquilo está sendo feito.”

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Ronny Santos/Folhapress Emerson Bordignon, 46 anos, em prédio novo na Mooca (zona leste), onde é síndico

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