Em busca de paz
Com a promessa de um bom futebol, os tricolores voltam ao Morumbi e tentam recuperar a confiança
O São Paulo encara o Avaí hoje, a partir das 20h, com a obrigação de mostrar aos torcedores que tem condições de se reerguer e de que pode ser um concorrente ao título deste Brasileirão.
A competição é a única que resta no calendário sãopaulino no ano, pois a equipe, em menos de um mês, foi eliminada no Campeonato Paulista, na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana.
Essa última, diante do Defensa y Justicia-ARG, equipe que fazia a sua primeira partida internacional, em pleno Morumbi, foi a mais dolorida. Tanto que o técnico Rogério Ceni perdeu a aura de incontestável e não foi poupado das vaias da torcida.
O problema é que logo na sequência, o São Paulo estreou no Nacional e perdeu para o Cruzeiro, no Mineirão, e os pessimistas de plantão temem que o clube vire um figurante ou, pior, que brigue para se manter na elite.
“Eliminações em curto prazo trazem uma pressão extra e são um prato cheio para não recebermos elogios. Até porque, no último mês, não apresentamos um futebol digno de elogios. Respeito opiniões, entendo as críticas construtivas e tento melhorar o meu trabalho”, analisou o comandante Ceni, em sua entrevista coletiva, na última sexta-feira.
Barril de pólvora
Se está ruim em campo, fora dele a situação também é caótica. Em um “fogo amigo” vazou de dentro do grupo o ataque de nervos do treinador no vestiário do Morumbi no intervalo da partida contra o Corinthians, pela semifinal do Paulista.
Na ocasião, Ceni deu um bico em um quadro que usa para instruir os jogadores e atingiu Cícero. Quem vazou afirmou que os dois discutiram, mas ambos negam.
Diante do estrago que foi feito, o treinador puxa a responsabilidade para o seu lado e tenta blindar os atletas.
“A culpa é sempre do treinador, e que continue assim. Tento ser o mais profissional possível e trabalhar dentro do campo no que está ao meu alcance. Independentemente do resultado, tenho minhas visões”, afirmou o comandante.