Pé de Anjo saiu ao som de “fora, Basílio”
Quarenta anos após seu grande feito, Basílio ainda recebe muito carinho da Fiel. O autor do gol do título do Campeonato Paulista de 1977 dificilmente consegue sair de casa sem escutar a palavra “obrigado” de torcedores do Corinthians.
No entanto, nem sempre foi assim. Em 1992, a mensagem foi menos carinhosa. Em seu último jogo à frente da equipe alvinegra, a goleada por 4 a 0 sofrida do Internacional no Pacaembu, o ídolo ouviu gritos de “burro” e “fora, Basílio”.
Em atrito com outro ídolo, Neto, o Pé de Anjo não resistiu ao resultado. E encerrou sua carreira de técnico alvinegro com 116 jogos: 51 vitórias, 42 empates, 23 derrotas e nenhum título.
Foram quatro passagens, sem grandes resultados. Em 1985 e em 1987, assumiu o comando de maneira interina. Efetivado em 1989, deu adeus em 1990 por não chegar a acordo salarial com o presidente Vicente Matheus.
A idolatria resistiu forte- Alguns treinadores que fracassaram nos times em que se destacaram como jogadores
Basílio
Dirigiu o Timão quatro vezes, em 1985, 1987, 1989/90 e 1992. Teve aproveitamento ruim e deu o último adeus aos gritos de “fora, Basílio”
Leão
Ídolo do Palmeiras, só teve sucesso dirigindo outros times. No clube alviverde, seu feito marcante foi ceder Neto ao arquirrival Corinthians mente aos fracassos no comando do time do Parque São Jorge, o último deles em 1992. Mas, enquanto esteve
Darío Pereyra
Monstro da zaga do São Paulo nos anos 1980, o uruguaio durou pouco como técnico da equipe tricolor, entre 1997 e 1998
Falcão
Em três passagens pelo Internacional (1993, 2011 e 2016), ganhou um Gaúcho, mas contribuiu com o rebaixamento à Série B do Brasileiro à beira do gramado, Basílio foi tratado como técnico, não como ídolo pela torcida.
Justamente para evitar
Figueroa
O chileno teve muito mais destaque como zagueiro do Internacional, entre 1971 e 1976, do que na breve passagem como técnico, em 1996 passar por essa situação é que Zico nunca aceitou treinar o Flamengo. Convites ele já teve, mas seu amor falou
Fernandão
O Inter se cansou de repetir a fórmula, sem resultados. Em 2012, foi a vez de Fernandão, atacante colorado de 2004 a 2008, fracassar
Hugo de León
Vitorioso no Grêmio entre 1981 e 1984, o uruguaio teve vida muito curta à frente da equipe, na temporada 2005 mais alto. “Seria um constrangimento para mim e para o torcedor. O cara pode querer me chamar de burro,
Toninho Cerezo
Como jogador do Atlético-MG (1972 a 1983, 1996 e 1997), ganhou mais de dez títulos. Como técnico (1999 e 2005), nenhum só que vai ficar constrangido por eu ser o Zico. Se ele achar que sou burro, tem mais que chamar mesmo.”