Renato é uma das exceções
Apostar em um ídolo não é sinônimo de fracasso. Ainda que a lista de experiências negativas seja mais extensa, há situações em que a reunião entre clube e velho ícone produz resultados positivos. Renato Gaúcho puxa a fila desses casos.
Tanto no Grêmio quanto no Fluminense, equipes com as que mais se identificou na carreira, ele obteve resultados positivos como treinador. No Tricolor carioca, coman- dou a conquista da Copa do Brasil de 2007.
No time do Rio Grande do Sul, sua enorme história continua crescendo. Herói do triunfo tricolor no Mundial Interclubes de 1983, no Japão, como jogador —levou também uma Libertadores e dois Gaúchos—, ele entrou no ano passado na galeria de técnicos campeões.
Havia uma década e meia que o Grêmio não conquistava um título nacional. Em crise na temporada, o clube acionou o irreverente exatacante, que chegou dispensando maior preparo teórico. “Futebol é para quem conhece. É que nem andar de bicicleta. Você não desaprende, não”, discursou, contrapondo-se ao estilo de treinadores estudiosos, como Tite e Cuca.
Fiel ao seu estilo, Renato liderou o Tricolor na conquista da Copa do Brasil, a primeira taça erguida na nova Arena do Grêmio. E sentiu-se à vontade para cobrar uma estátua sua no local. “Atrás do gol. Já escolhi o local.”
Não é o único caso. Pepe, por exemplo, levou seu Santos ao troféu do Paulista de 1973. Andrade comandou o Flamengo campeão brasileiro de 2009. E Evaristo de Macedo guiou o Barcelona em três conquistas. Feitos que podem deixar os são-paulinos esperançosos na recuperação de Rogério Ceni.