Dependentes acolhidos dormem no chão em unidade municipal
No chão frio e duro, sem colchão, ao menos 20 homens dormem enfileirados no começo da tarde —e tentam se proteger com cobertores acinzentados.
A cena não é muito diferente da que se vê em ruas do centro de São Paulo. A diferença é que eles estão dentro de um equipamento municipal, escolhido pela gestão João Doria (PSDB) para abrigar usuários de drogas que foram retirados da cracolândia anteontem.
O grupo dormia no chão no centro de convivência do complexo Prates, no Bom Retiro (região central).
Frequentadores do local disseram faltar estrutura para atender uma nova leva de pessoas —por já estar lotado. Eles pediram para não ter os nomes revelados com medo de represálias no espaço.
Um homem afirmou haver 55 beliches improvisados na quadra e temer que novos moradores pudessem ficar em lugar descoberto até de noite. Ele disse que houve consumo de crack no espaço ontem. Funcionários afirmaram ter sido pegos de surpresa pela ação e que não estavam preparados.