Imprevisibilidade é a graça do Brasileirão

A cigana leu o meu destino, eu sonhei, bola de cristal, jogo de búzios, cartomante, e eu sempre perguntei: o que será o amanhã? Alô, povão, agora é fé! Embora Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG tenham sido as três equipes apontadas por quase todos os críticos e torcedores como os maiores favoritos ao título no interminável Campeonato Brasileiro de pontozzz corridozzz, é muito cedo para cravar algo.

Vai dizer para os torcedores de Grêmio e Fluminense, únicas equipes com 100% de aproveitamento após duas rodadas, que as suas equipes são cartas fora do baralho e que não brigarão pelo caneco... Até o longínquo dezembro, há uma janela de transferências que altera as forças e há a questão de como os times conseguirão levar em paralelo a Libertadores e a Copa do Brasil, variáveis difíceis de se prever antes do início da competição.

Na Europa, há times que todos sabiam que seriam campeões antes mesmo de iniciar o certame, casos da Juventus (Itália), Bayern de Munique (Alemanha), Celtic (Escócia)... Em outros países, na virada do primeiro para o segundo turno pintou o campeão: foi assim com o Real Madrid, na Espanha, com o Benfica, em Portugal, e com o Chelsea, na Inglaterra. Em relação ao time de Conte, embora a conquista tenha sido desenhada com grande antecedência, antes de a bola rolar os holofotes estavam apontados para Manchester, dos rivais United, de José Mourinho, e City, de Pep Guardiola.

Voltando ao Brasil, não há um fora de série como Lionel Messi ou um treinador como Guardiola para ficar sem título, como na Europa. Muito menos algum time como o Bayern de Munique, para ser campeão antes de a bola rolar. Eis a graça do Brasileirão!

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!