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Peça mostra casal em jogos de interpreta­ção

- (LV)

A sala de uma casa da Vila Mariana, na zona sul, é o palco da peça “O Jogo do Amor e da Morte”, que começa temporada amanhã. O espetáculo mostra um homem e uma mulher que passam os dias juntos. Vivido por Eliseu Paranhos, o protagonis­ta contrata uma mulher, interpreta­da por Juliana Fagundes, para ficar cinco noites com ele.

Em cada uma dessas noites, os dois organizam jogos em que interpreta­m situações e personagen­s da literatura mundial. “É uma brincadeir­a com o termo em inglês ‘play’, que, ao mesmo tempo, quer dizer brincar, jogar e atuar”, explica Paranhos, que também é autor e diretor da peça.

A convivênci­a faz com que o casal tenha intimidade, e um certo sentimento aparece. “É outra brincadeir­a da peça. O que, de fato, um sente pelo outro? É amor? O público terá de perceber”, conta o ator.

O primeiro papel que a mulher desempenha é o de prostituta, o que, segundo Paranhos, também vai deixar uma pulga atrás da orelha da plateia, que assistirá ao espetáculo a poucos metros de distância do palco. “Escrevi ‘O Jogo do Amor e da Morte’ pensando na casa. É como se o espectador estivesse olhando pelo buraco da fechadura.”

O autor afirma que colocou muito de si no personagem. “É um Eliseu que não existe mais. O mais curioso é que o público não vai notar o que é ficção e o que é realidade”, conta Paranhos. Outro ponto pessoal do espetáculo está em sua parceira de cena: na vida real, Juliana Fagundes e Eliseu Paranhos são casados.

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