Chato e temido
É assim o Corinthians de Fábio Carille. Pode ser chato para quem não é corintiano assistir ao jogo. E certamente é chato para o adversário enfrentá-lo. A equipe alvinegra não tem pressa para atacar e não faz questão de ficar com a bola. Mas suas investidas costumam ser perigosas. Como tem bons passadores —casos de Fagner, Arana, Rodriguinho e Jadson—, o time não é a típica formação defensiva que depende de contragolpes. É possível chegar tocando, como ocorreu no gol de Rodriguinho ontem, com ótimos passes de Romero e Arana. Se a criação não é tão fértil quanto gostariam muitos torcedores, a solidez defensiva é constante. Tudo isso faz do Corinthians, líder após três jogos, uma equipe que começa a ser temida no Campeonato Brasileiro.
O Corinthians não fez além do necessário para dar sequência a seu bom início de Campeonato Brasileiro. Diante do único time que ainda não pontuou, a equipe foi fiel à sua economia para vencer o Atlético-GO por 1 a 0, em Goiânia.
Rodriguinho definiu o resultado para a formação alvinegra, que marcou um gol em cada jogo. O bastante para deixá-la em primeiro lugar. Manter a posição ao fim da terceira rodada depende da partida entre Chapecoense e Avaí hoje.
A vitória de ontem foi construída no ritmo habitual dos comandados de Fábio Carille. Mesmo com clara superioridade técnica e em um Serra Dourada pintado de preto e branco, eles atuaram sem demonstrar pressa.
Era o Atlético-GO que apostava em uma marcação mais agressiva. E isso criava problemas, especialmente pela jornada fraca de Jadson.
Mas o camisa 10 não era a única alternativa. E, quando conseguia acertar três ou quatro passes em sequência, o Corinthians chegava com relativa facilidade.
Maycon, de fora, fez Felipe trabalhar pela primeira vez. Depois Jô recebeu na pequena área após boa trama de Rodriguinho, Romero e Arana. Felipe evitou o gol certo.
Aos 27min, o arqueiro nada pôde fazer. Em nova tabela de Romero e Arana, Rodriguinho marcou aquele que provavelmente seria o único gol do confronto. E foi.
À frente no placar, o Corinthians cadenciou ainda mais o ritmo. O objetivo passou a ser fechar o espaço do Atlético-GO, tarefa que não era especialmente complicada pela limitação do adversário.
Mas a vitória não foi tranquila. Com a entrada de Andrigo, os (quase) donos da casa ficaram mais agressivos. O próprio Andrigo, em cabeceio e em batida de falta, errou por pouco duas vezes.
Clayson fez sua estreia e teve a chance de matar o jogo, após esperto toque de Jô, o que não ocorreu. Assim, o Corinthians teve que se segurar até os acréscimos, quando contou com boa defesa de Cássio.